O Secretário de Mobilidade, Carlos Tomé, recebeu hoje (08/04) os representantes do Sindicato dos Permissionários de Táxi e Motoristas Auxiliares do Distrito Federal (Sinpetaxi). O grupo, presidido por Maria do Bonfim (Mariazinha), entregou um documento com as reivindicações da categoria para combater o aplicativo Uber.
Lançado em 2010, o Uber oferece uma espécie de carona remunerada, no qual o passageiro pode solicitar um motorista, semelhante ao serviço dos táxis. De acordo com Mariazinha, o faturamento mensal dos taxistas caiu 15% após a chegada do aplicativo em Brasília. “Estamos preocupados com a segurança do passageiro. O taxista faz capacitação para dirigir. Por outro lado, qualquer um pode ser motorista do Uber”.
O serviço de transporte individual de passageiros no DF é feito por meio de permissão e autorização, o que acontece com toda frota de táxi cadastrada da cidade. Para a Secretaria de Mobilidade, o Uber é um serviço de transporte individual não regulamentado e, dessa forma, será tratado como transporte pirata sujeito a autuações e multas.
A fiscalização é feita por meio da SUFISA – Subsecretaria de Fiscalização de Auditoria da Sec. de Mobilidade – que, de janeiro a março, autuou 126 motoristas entre ônibus, carros de passeio e vans. Um aumento de 124% em relação ao mesmo período do ano passado que registrou apenas 45 infrações. Os atos, quando convertidos em multa, têm valor de R$ 2 mil, podendo em caso de reincidência chegar a R$3 mil e R$5 mil.
Além de fiscalizar, o objetivo também é melhorar o atual serviço oferecido pelos taxistas. “Estão sendo feitos estudos para melhorar o serviço de táxi no DF com a ajuda dos próprios taxistas, que estão, inclusive, levantando os pontos de táxi que precisam ser reestruturados”, afirma Carlos Tomé. Ele também reconhece que o aplicativo oferece um serviço de qualidade, mas que não é seguro para o passageiro.
A Associação Brasileira das Associações e Cooperativas de Táxi convocou motoristas de todo o Brasil para protestarem contra o aplicativo na manhã de hoje. Na capital federal, apenas 100 taxistas estavam mobilizados para a carreata até o fim da manhã desta quarta-feira.